Sujeito e Predicado

Sujeito é o ser de quem se informa algo.
Predicado é a informação propriamente dita projetada sobre o sujeito.

Tipos de Sujeito:
- Sujeito determinado: quando se reconhece a existência do sujeito e o identifica na oração.

Ex.: “A Lua de Londres roubou meu noivo”.
O sujeito determinado pode ser subclassificado em:
Sujeito determinado simples: há apenas um núcleo.
Ex.: A manhã levantou-se nublada.
Sujeito determinado composto: há mais de um núcleo.

Ex.: Pedro e Paulo foram ao mercado.

- Sujeito indeterminado: quando existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas não é possível (ou não se quer) identificá-lo.
Ex: ( ? ) Falavam sobre você na reunião.

sujeito predicado


- Sujeito inexistente: quando a informação transmitida pelo predicado não se refere a sujeito algum, temos a oração sem sujeito, essa ocorre com verbos impessoais.
Ex: Choveu durante todo o dia.


Os verbos impessoais mais comuns são:
- haver: no sentido de existir, acontecer e quando indicam tempo passado.
Ex.: Houve poucos acidentes durante o terremoto.

- fazer: quando indicam tempo passado ou fenômeno da natureza.
Ex.: Faz dez dias que não te vejo.
- ser: quando indicam tempo e distância.
Ex.: É dia.
- todos os verbos que indicam fenômenos da natureza (chover, ventar, anoitecer, amanhecer, relampejar, trovejar, nevar, etc.)
Ex.: Trovejou durante a madrugada.
Nevou durante todo o dia.

Recapitulando

Todas as escolas literárias para relembrar




Poesia Parnasiana

OLAVO BILAC - apresentou poesias de temas variados, como o lirismo amoroso, a morte, a velhice, a existência humana, além da História Antiga e do Brasil. Conhecido como o "principe dos poetas brasileiros".


ALBERTO DE OLIVEIRA - o "mais parnasiano"; escreveu poemas sentimentais, descritivos e satíricos.

RAIMUNDO CORREIA - suas obras apresentam reflexões de ordem moral e social, com versos pessimistas e filosóficos.



Vaso Chinês

Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.

Fino artista chinês, enamorado
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.

Mas, talvez por contraste à desventura -
Quem o sabe? - de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura:

Que arte, em pintá-la! A gente acaso vendo-a
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.

                                             Alberto de Oliveira


 

A Cavalgada


A lua banha a solitária estrada.
Silêncio! ... Mais além, confuso e brando,
O som longínquo vem se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.

São fidalgos que voltam da calçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando,
E as tropas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...

E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha.

E o silêncio outra vez soturno desce...
E límpida, sem mácula, alvacenta,
A lua a estrada solitária banha...

                                                     Raimundo Correia


Parnasianismo

        O Parnasianismo foi um movimento essencialmente poético que reagiu contra os abusos sentimentais dos românticos. Alguns críticos chegam a considerá-lo uma espécie de Realismo na poesia. Tal aproximação é relativa, pois apesar de algumas identidades (objetivismo, perfeição formal) as duas correntes apresentam visões de mundo distintas. O autor realista percebe a crise da auto-imagem elogiosa da burguesia européia, já não acredita em nenhum dos valores da classe dominante e a fustiga social e moralmente. Em compensação, o autor parnasiano mantém uma soberba indiferença frente aos dramas do cotidiano, isolando-se na sua "torre de marfim"*, onde elabora teorias formalistas de acordo com a inconseqüência e a superficialidade vitoriosas em vários setores artísticos, no final do século XIX.


        Neste sentido, o Parnasianismo pode ser associado à Belle Époque - época dourada das elites européias, que se divertem com os lucros do espólio imperialista. O can-can, os cabarés e cafés parisienses, os janotas que bebem licor e as prostitutas de alta classe formam a imagem frenética de um mundo enriquecido e alegre. Uma certeza inabalável preside esse mundo: a de que ele é eterno e superior. Assim, o Parnasianismo será a tradução poética de um período de euforia e de relativa tranqüilidade social, no qual a forma se sobreporá às idéias.